terça-feira, abril 18, 2006

Portugal Profundo

Aqui fica mais uma colaboração para este blog, a segunda, desta feita um comentário a uma fotografia, com um toque de consciência:
Acabadinha de vir de férias, já cheguei à não civilização. O reino da poluição e da desordem. Continuo a tentar perceber como é que as pessoas buscam o desassossego, o barulho dos carros, o fumo que estes emitem, à calma do campo, ao chilrar dos pássaros. Na minha passagem por Lamego e Vila Real este pensamento ainda se agudizou mais. A última, encaixada em majestosas montanhas, vencida pelo loby imobiliário. O caos completo. Lamego vai pelo mesmo caminho. O problema é que os moradores das ditas cidades gostam deste crescimento desregrado, assimétrico das suas cidades. Mas este crescimento não é um crescimento de qualidade de vida, é um crescimento aparente, pautado por prédios enormes, pela descaracterização destas cidades. Património histórico e cultural? Bem, Vila Real, apesar de completamente descaracterizada, continua a preservá-lo. Já de Lamego não posso dizer o mesmo. A juntar à barafunda, ao trânsito, às obras e à péssima ou quase nula sinalização, temos uma Nossa Senhora dos Remédios quase ao abandono, com paredes pintadas por vândalos ou simples imbecis tamancos, azulejos partidos, o castelo fechado, um burgo medieval cheio de barracas. Se os moradores se preocupam com estes “pormenores”? Não me parece. Querem sim, ver prédios crescer, querem ter centros comerciais porque Lisboa também os tem. É a mentalidade pequena, deste Portugal profundo.

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Foto tirada em Lamego, do santuário da Nossa Senhora dos Remédios.

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-Inês Dionísio

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Da parte deste simples blog fica um profundo agradecimento: Obrigada!

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Vanessa Ferreira

2comentadores...:

Blogger Nuno Vasco disse...

O problema e que nao e so o Portugal profundo , o Portugal que acha que predios e mais predios sao um bom cartao postal . Lisboa esta a transformar-se numa autentica selva de betao com resultados desastrosos nao so para o meio ambiente , mas tambem para a economia . O sector imobiliario gasta milhares de euros em novos complexos urbanisticos de luxo e em arranha ceus a escala portuguesa , e depois nao os consegue vender . E caso para dizer : Portugal inteiro para o fundo ! Nunovsky !

19 abril, 2006 22:58  
Anonymous Anónimo disse...

mas fala das pessoas de lamego como se elas concordassem com tudo isso... perguntou ou afirmou por afirmar?! ja pensou que o poder local pode ter culpas e as suas ideias nao reflectirem as ideias dos lamecenses. Sou de Lamego, nascido e criado, e não, não quero um centro comercial muito menos porque lisboa tambem os tem... Voces alfacinhas pensam que o mundo gira todo em torno de Lisboa... Olhem que não é bem assim... ou melhor, não deveria ser...

25 maio, 2006 04:22  

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