segunda-feira, junho 05, 2006

Domingo para gente chique... e de saudade de quem cá deveria estar, mas que na brecha de uma nuvem nocturna se despediu desta vida!

__Ontém a minha pessoa, e sua restante família paterna, deu ares de sua graça , numa discreta quinta, para o casamento do seu primo com uma senhora que acha que ainda é famosa, só porque entrou no Big Brother. Casamento de gente rica é de veras "secante", irritante, superficial. A concorrência para o vestido mais bonito é algo que me faz sobreaquecer, não por fazer parte das concorrentes (pois detesto usar qualquer tipo de saia), mas por não suportar tanto sinismo. Adiante. Casamento de gente rica é sinónimo de casamento chique, não necessáriamente para gente chique mas com coisas chiques e superficiais. Logo à entrada estendia-se um longo tapete vermelho. No fundo desse tapate dois fotógrafos e um câmara-man. A cerimónia foi realizada no local, numa ilha, à beira de um lago. Antes do almoço: um "petisco", o caviar (que sabe a nada), e tudo mais que se possa querer, incluindo caipirinhas! Copo d'água. Na mesa um pratinho pessoal com manteiga aromática e pão caseiro (coisa simples). Entrada: a típica sopinha. Primeiro prato: bacalhau com broa de milho. Segundo prato: tornedós de vitela. Sobremesa: espetada de fruta com musse de manga. Os noivos partem o bolo. Emborca-se o champanhe. Os primeiros tons de música pimba ressoam, mais tarde abafados (a pedido de muitos) por música brasileira. Como a música pimba não continuou, a típica música do Apita o Combóio não se ouviu, mas isso não impediu que o comboio não se fizesse (com muito, mas mesmo muito esforço, alguém, que eu nem vi quem era, conseguiu arrancar-me da minha cadeira!!! Detesto música pimba, e principalmente o comboio!). Seguiu-se o buffet com gambas cozidas, fritas, grelhadas, etc, entre outros mariscos e carne; queijos; vinhos e outras bebidas não alcoólicas; a mesa da fruta e dos doces (a minha parte favorita). O marisco, a carne, a fruta, as bebidas digeriam-se, mas os doces... cada um com o seu estranho nome, aspecto demasiadamente preparado, uma suposta torta de chocolate que sabia a morango, mousse de chocolate amargo, semi-frio com tanta mistura que já não se identificava qualquer tipo de sabor, bolos com a Torre Eiffel, em fim... coisas que tinham um nome estranho, pareciam saber a uma coisa, mas eram outra completamente diferente!
__No fim do dia: cançaso, sono, dores nas costas, nos pés, nas pernas, etc... No dia seguinte: ir para a faculdade feita num oito, a curtir a ressaca, a ter uma dor de cabeça durante a aula de Latim e a dejesar que fosse feriado!
__Este casamento teve algumas coisas boas: vi gente que não via há muito tempo, algumas pessoas não as via há quase dez anos! As crianças cresceram! Não fiquei na mesma mesa que os meus pais, mas tive que aturar a minha irmã! Os fotógrafos, apesar de alguns momentos iniciais de perseguição, até nem chatearam muito!
__O grande senão foi mesmo que a única pessoa que devia lá estar, não esteve. A minha avó Irene. Viveu tempo suficiente para criar cinco filhos e seis netos. Viveu em tempos de revolução neste país. Lutou para dar aos filhos a vida que nunca teve, qual víuva prematura! Viu os filhos casarem. Já não foi a tempo de ver os netos na mesma condição! Se um génio me surgisse, só lhe pedia um desejo: ter a minha avó de volta! Trocava toda a fortuna do mundo, mesmo que isso mudasse a minha vida por completo, só para a voltar a ver e dar-lhe o abraço, que sempre lhe quis dar, mas nunca lhe dei! "All of my memories keep you near", i miss you! Saudade, palavra que só existe na língua portuguesa. Se uma palavra tivesse o poder sobre a vida e sobre a morte, a saudade, seria essa mesma palavra...
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Vanessa Ferreira

6comentadores...:

Blogger Elso Lago disse...

Lindo...

As minhas avós também já não podem visitar-me fisicamente. Aquela com quem tive afinidade, para mim, visita-me todos os dias. Penso nela com frequência. As GRANDES pessoas não morrem. Mudam, simplesmente, de morada.

06 junho, 2006 09:23  
Blogger Sandra Silva disse...

já agora quem é a miss big brother? é que sou um bocadinho curiosa. Quanto ao k diz sobre a tua avó só tenho a dizer k tambem concordo contigo pk tb nao conheci o meu avo paterno e gostaria mto de te lo conhecido. acho k nos iamos dar muito bem e k ele se iria ogulhar de mim.

06 junho, 2006 11:27  
Blogger Vanessa disse...

a minha avó vinha quase todos os dias a minha casa, foi ela que me criou. faz-me mt falta!
a dita senhora que entrou no big brother só te digo que entrou no big brother 4, dos não famosos, e mais ñ te digo "inca" pa ficares mesmo com água na boca! hi, hi, hi!

06 junho, 2006 18:36  
Blogger João D. disse...

quanto à falta da família isso é perfeitamente normal miúda. Como é óbvio sentir que não tenho o meu pai por perto é uma falta do caraças, quando penso nisso não fico propriamente com um ar contente...mas hey, as mortes infelizmente acontecem, são algo natural. Percebo perfeitamente o teu caso, e sei a falta que uma pessoa que nos criou, educou e isso tudo faz...mas são coisas que acontecem.

Quanto ao resto...xi isso acontece em quase todos os casamentos. Ok já não vou a cenas dessas ós anos( curiosamente o último a que fui, vai ser da mesma pessoa que o próximo a que vou....enfim coisas giras e tal) mas isso dos bolos e beca beca, é o que costuma acontecer.


Já agora sandra a gaja é a tânia kk coisa que andava sempre com altos decotes e fez o "sorte nula". Pronto já estraguei a cena da vanessa.

Fiquem bem.

07 junho, 2006 03:11  
Blogger Vanessa disse...

és um cortes!

08 junho, 2006 20:07  
Blogger Sandra Silva disse...

obrigado João. Vanessa eheheheheheh

12 junho, 2006 07:38  

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